A equipa de bordo desta semana conduziu uma viagem com alguns passageiros ocidentais a convite dos cinco passageiros especiais: nas coordenadas de voo, as muitas vidas paralelas e revistas dos Pizzicato Five!
Partida do Terminal 107.9. Aeroporto Internacional de Tóquio – Narita!
Para descolarmos este voo, precisámos primeiro de fazer uma viagem no tempo. Recuámos então a 1985... Nessa altura, cinco amigos, Yasuharu Konishi, Keitarō Takanami, Ryō Kamomiya, Mamiko Sasaki e Shigeo Miyata decidiram juntar-se sob um nome que viria a ser dos mais conhecidos no ocidente, em termos de música nipónica. Aproveitando o nome dado à técnica de pinçar as cordas dos instrumentos, um modo de tocar os instrumentos de corda muito utilizado no jazz, os cinco constituiram então os Pizzicato Five, mas, quase ao mesmo tempo que escolhiam o nome, viam-se reduzidos a quatro elementos, já que Miyata decidiu abandonar o projecto.
O nome manteve-se e os primeiros singles e álbuns começaram a surgir, mas sem grande sucesso comercial.
01. Love’s Theme (Automator Mix) [de Happy End Of You]
O fracasso do primeiro disco, Couples, e a consequente pressão por parte da editora, levaram a que o quarteto ficasse reduzido a um duo, com a saída de Kamomiya e Sasaki. A banda encontrou então uma nova voz, a de Takao Tajima. A busca pelo sucesso comercial continuava, com mais três discos: Belissima, On Her Majesty's Request e Soft Landing On The Moon. Mas não foi nos anos 80 que a banda de Hokkaido conheceu o sabor do sucesso comercial...
02. Trailer Music (808 State Remix) [de Happy End Of You]
A chegada aos anos 90 mudou o rumo da carreira dos Pizzicato Five e viu a banda sofrer mais uma série de alterações: primeiro chegou uma nova voz, feminina, de Maki Nomiya; cerca de um ano depois, a formação voltou a mudar, já que Takao Tajima deixou os Pizzicato Five para começar os Original Love.
Entre os muitos EP’s que a banda lançava, surgiu um álbum que havia de mudar o panorama musical japonês. This Year's Girl, inspirado nos samplings de bandas como os De La Soul, revestia-se de uma energia cativante que até aí a banda não tinha conseguido transmitir. Twiggy Twiggy e Baby Love Child começaram a revolução na cena Shibuya-kei...
03. Twiggy Twiggy [de Pink no Kokoro]
O sucesso comercial chegou finalmente: campanhas comerciais, séries televisivas,programas infantis, tudo parecia agora revestir-se do som dos Pizzicato Five. É mais ou menos por esta altura que a colaboração com Cornelius se inicia, por altura do álbum Bossa Nova 2001. A atenção começava a chegar também de outros países, daí que não fosse de estranhar a estreia nos Estados Unidos, pela mão da Matador Records. EP’s e álbuns sucediam-se, quase sempre com diferentes edições no Japão e no resto do mundo.
Mas a formação voltou a sofrer uma alteração: pouco antes do lançamento de Overdose: Keitarō Takanami deixou a banda. Restavam agora apenas Konishi e Nomiya, um duo que ainda havia de fazer muitos estragos na música pop e não só. 1996 viu o lançamento de Romantique, e o sucesso voltava com músicas como Baby Portable Rock. No ano seguinte, Happy End Of The World, o único album que teve edição semelhante no Japão e fora dele, trazia novo sucesso e uma mão-cheia de músicas que ficaram para a história...
04. Porno 3003: Music for Sofa/Galaxy One/It's All Too Beautiful [de Happy End Of The World]
05. My Baby Portable Player Sound [de Happy End Of The World]
O final dos anos 90 trouxe mais álbuns memoráveis: The International Playboy & Playgirl Record e o homónimo Pizzicato Five (mais tarde lançado pela Matador com o muitas vezes mal interpretado nome The Fifth Release from Matador) continuavam a entusiasmar os novos movimentos da pop, tanto no Japão como nos Estados Unidos e na Europa.
As edições americanas terminaram com este Fifth Release From Matador: só o Japão viu o lançamento de um novo disco dos Pizzicato Five, Çà et là du Japon. Pouco depois, em Março de 2001, a banda anunciou o seu final.
06. Playboy Playgirl [de Playboy & Playgirl]
07. A Room With A View [de The Fifth Release From Matador]
Depois de Março de 2001, tanto Yasuharu Konishi como Maki Nomiya continuaram com projectos paralelos. A partir de 2001, Maki Nomiya retomou a sua carrreira a solo, abordando as sonoridades mais perto da bossa nova. Com variadas colaborações, o Narita escolheu duas para começar a aterragem desta viagem. Primeiro, My Bossa Nova, depois uma surpresa com a versão revista, aumentada e orientalizada de Charma Chameleon, Karma Wa Kimagure.
10. My Bossa Nova [de Miss Maki Nomiya Sings]
11. Karma Wa Kimagure [Oui Oui (Nomiya Maki & Teramoto Rieko) de Cover Lover Vol.1 - Bossa de Punk]
Actualmente, Konsihi encontra-se mais ligado às edições relacionadas com entretenimento, através, por exemplo, da sua editora, a 524 (ou, em japonês, ko-ni-shi). No entanto, continua uma muito prolífica actividade enquanto produtor, compositor, DJ e remisturador, sendo reconhecidas neste campo as suas resmisturas para música de desenhos animados. Quase no final da viagem desta semana, algumas pérolas da carreira de Konishi, como esta resmistura para Cornelius, Count 5,6,7,8.
12. Count 5, 6, 7, 8 (Yasuharu Konishi Remix) [do Ep de Cornelius FM Fantasma Mix]
Final da viagem de Narita. A hora de chegada foi, como sempre, a prevista! Para a semana, nova viagem com destino ao Japão. Até lá, nós por cá e por lá, no Japão, despedimo-nos, esperando que a viagem desta semana vos tenha deixado com apetite para novos regressos ao país do sol nascente. Até ao final, e para uma aterragem calma e bem disposta, recordámos o imaginário da Disney, visto por Yasharu Konishi, o único dos membros dos Pizzicato Five a ter percorrido os muitos álbuns e os 16 anos de actividade da banda. It’s a Small World... Boa noite!
12. It’s A Small World [de Readymade Digs Disney]
Partida do Terminal 107.9. Aeroporto Internacional de Tóquio – Narita!
Para descolarmos este voo, precisámos primeiro de fazer uma viagem no tempo. Recuámos então a 1985... Nessa altura, cinco amigos, Yasuharu Konishi, Keitarō Takanami, Ryō Kamomiya, Mamiko Sasaki e Shigeo Miyata decidiram juntar-se sob um nome que viria a ser dos mais conhecidos no ocidente, em termos de música nipónica. Aproveitando o nome dado à técnica de pinçar as cordas dos instrumentos, um modo de tocar os instrumentos de corda muito utilizado no jazz, os cinco constituiram então os Pizzicato Five, mas, quase ao mesmo tempo que escolhiam o nome, viam-se reduzidos a quatro elementos, já que Miyata decidiu abandonar o projecto.
O nome manteve-se e os primeiros singles e álbuns começaram a surgir, mas sem grande sucesso comercial.
01. Love’s Theme (Automator Mix) [de Happy End Of You]
O fracasso do primeiro disco, Couples, e a consequente pressão por parte da editora, levaram a que o quarteto ficasse reduzido a um duo, com a saída de Kamomiya e Sasaki. A banda encontrou então uma nova voz, a de Takao Tajima. A busca pelo sucesso comercial continuava, com mais três discos: Belissima, On Her Majesty's Request e Soft Landing On The Moon. Mas não foi nos anos 80 que a banda de Hokkaido conheceu o sabor do sucesso comercial...
02. Trailer Music (808 State Remix) [de Happy End Of You]
A chegada aos anos 90 mudou o rumo da carreira dos Pizzicato Five e viu a banda sofrer mais uma série de alterações: primeiro chegou uma nova voz, feminina, de Maki Nomiya; cerca de um ano depois, a formação voltou a mudar, já que Takao Tajima deixou os Pizzicato Five para começar os Original Love.
Entre os muitos EP’s que a banda lançava, surgiu um álbum que havia de mudar o panorama musical japonês. This Year's Girl, inspirado nos samplings de bandas como os De La Soul, revestia-se de uma energia cativante que até aí a banda não tinha conseguido transmitir. Twiggy Twiggy e Baby Love Child começaram a revolução na cena Shibuya-kei...
03. Twiggy Twiggy [de Pink no Kokoro]
O sucesso comercial chegou finalmente: campanhas comerciais, séries televisivas,programas infantis, tudo parecia agora revestir-se do som dos Pizzicato Five. É mais ou menos por esta altura que a colaboração com Cornelius se inicia, por altura do álbum Bossa Nova 2001. A atenção começava a chegar também de outros países, daí que não fosse de estranhar a estreia nos Estados Unidos, pela mão da Matador Records. EP’s e álbuns sucediam-se, quase sempre com diferentes edições no Japão e no resto do mundo.
Mas a formação voltou a sofrer uma alteração: pouco antes do lançamento de Overdose: Keitarō Takanami deixou a banda. Restavam agora apenas Konishi e Nomiya, um duo que ainda havia de fazer muitos estragos na música pop e não só. 1996 viu o lançamento de Romantique, e o sucesso voltava com músicas como Baby Portable Rock. No ano seguinte, Happy End Of The World, o único album que teve edição semelhante no Japão e fora dele, trazia novo sucesso e uma mão-cheia de músicas que ficaram para a história...
04. Porno 3003: Music for Sofa/Galaxy One/It's All Too Beautiful [de Happy End Of The World]
05. My Baby Portable Player Sound [de Happy End Of The World]
O final dos anos 90 trouxe mais álbuns memoráveis: The International Playboy & Playgirl Record e o homónimo Pizzicato Five (mais tarde lançado pela Matador com o muitas vezes mal interpretado nome The Fifth Release from Matador) continuavam a entusiasmar os novos movimentos da pop, tanto no Japão como nos Estados Unidos e na Europa.
As edições americanas terminaram com este Fifth Release From Matador: só o Japão viu o lançamento de um novo disco dos Pizzicato Five, Çà et là du Japon. Pouco depois, em Março de 2001, a banda anunciou o seu final.
06. Playboy Playgirl [de Playboy & Playgirl]
07. A Room With A View [de The Fifth Release From Matador]
Depois de Março de 2001, tanto Yasuharu Konishi como Maki Nomiya continuaram com projectos paralelos. A partir de 2001, Maki Nomiya retomou a sua carrreira a solo, abordando as sonoridades mais perto da bossa nova. Com variadas colaborações, o Narita escolheu duas para começar a aterragem desta viagem. Primeiro, My Bossa Nova, depois uma surpresa com a versão revista, aumentada e orientalizada de Charma Chameleon, Karma Wa Kimagure.
10. My Bossa Nova [de Miss Maki Nomiya Sings]
11. Karma Wa Kimagure [Oui Oui (Nomiya Maki & Teramoto Rieko) de Cover Lover Vol.1 - Bossa de Punk]
Actualmente, Konsihi encontra-se mais ligado às edições relacionadas com entretenimento, através, por exemplo, da sua editora, a 524 (ou, em japonês, ko-ni-shi). No entanto, continua uma muito prolífica actividade enquanto produtor, compositor, DJ e remisturador, sendo reconhecidas neste campo as suas resmisturas para música de desenhos animados. Quase no final da viagem desta semana, algumas pérolas da carreira de Konishi, como esta resmistura para Cornelius, Count 5,6,7,8.
12. Count 5, 6, 7, 8 (Yasuharu Konishi Remix) [do Ep de Cornelius FM Fantasma Mix]
Final da viagem de Narita. A hora de chegada foi, como sempre, a prevista! Para a semana, nova viagem com destino ao Japão. Até lá, nós por cá e por lá, no Japão, despedimo-nos, esperando que a viagem desta semana vos tenha deixado com apetite para novos regressos ao país do sol nascente. Até ao final, e para uma aterragem calma e bem disposta, recordámos o imaginário da Disney, visto por Yasharu Konishi, o único dos membros dos Pizzicato Five a ter percorrido os muitos álbuns e os 16 anos de actividade da banda. It’s a Small World... Boa noite!
12. It’s A Small World [de Readymade Digs Disney]
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